O CURUPIRA NÃO ERA UMA LENDA



O Folclore brasileiro é rico em personagens lendários, e um tal de curupira é um dos principais. De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, ele habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados e seus pés são voltados para trás. Certamente é um ser criado pela força de um ser maior na concepção desse fantástico universo. A função do curupira é proteger a natureza, plantas e animais. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória ou maltrata os animais. Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os inimigos das florestas. Dificilmente é localizado, pois seus pés virados para trás servem para despistar quem tenta encontrá-lo, deixando rastros falsos pelas matas. Além disso, sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano se bater com ele numa corrida. Não podemos esquecer que essas lendas são estórias criadas pela imaginação das pessoas, principalmente dos que moram em zonas rurais. Não existe comprovação científica sobre a existência deste ser, mas, será mesmo que ele não existe?!


Em 1970, nos arredores da pequena cidade de Bambuí um fato acontecido com dois adolescentes com idade aproximada de quatorze anos poderia contestar essa afirmação. Os dois amigos, inseparáveis, eram como irmãos, e como todo jovem adolescente gostavam de caçar passarinhos pelas matas do município. Naquele dia já tinham percorrido toda a margem do ribeirão da varginha (CEFET / ESCOLA AGRÍCOLA DE BAMBUÍ), e exibiam vitoriosos os troféus pendurados na cintura. Uma rolinha fogo-apagou, dois lindos assanhaços e um pica-pau. Era por volta de três horas da tarde quando retornavam ás suas casas, passaram no engenho do Tião do Marco e pegaram numa capa de bambú gigante, uma servida quantidade de massa de rapadura, que vieram saboreando pelo caminho. Empanturrados do delicioso doce mataram a sede na mina do açudinho já nas terras do Irê Torres. Ali, em volta da mina dágua existia na época um denso mangueiral, que fartamente servia á molecada de deliciosos frutos. Após beberem da mina notaram os moleques um bando de anús na copa de uma das árvores, então com seus estilingues munidos se dispuseram á caçá-los.
Antes tivessem tomado o rumo de casa, pois em meio ás folhagens se depararam com uma estranha visão. Uma cara redonda e assustadora lhes observava do alto da árvore. Vendo aquela cena os dois meninos apavorados fugiram deixando na cerca de arame farpado, tilangos de calças e camisas.


Conta hoje um desses meninos, já em idade adulta, que nunca mais adentraram as matas para caçar passarinhos. Em seu coração alimenta boas lembranças dessa época, mas, conclui que naquele dia aprenderam uma boa lição. Não se deve caçar ou apedrejar os pássaros e animais. Toda vida sobre a terra foi colocada aqui com o propósito de um ser Supremo, e quem comete esses atos devem ser castigados. Segundo ele, aquela aparição pode ter sido obra do Curupira. É, pode ser.

Esse fato se passou com os adolescentes Pedro Moraes e Joel Di Oliveira

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